SM85-S para Tucunaré-Açu

SM85-S para Tucunaré-Açu: Guia Definitivo para Dominar a Isca que Supera o Jig

Se você digitar “isca SM85-S” nos fóruns de pesca esportiva, verá relatos empolgantes de capturas de tucunaré-açu acima de 10 kg em poucas jornadas. Neste tutorial completo, transformaremos toda a experiência demonstrada no vídeo “MANUAL PARA TRABALHAR A SM 85-S, A isca que pega mais do que Jig” do Grupo Wakoku em um passo a passo de campo.

Ao final, você terá o conhecimento prático para escolher equipamento, executar o trabalho correto, resolver ajustes finos e aumentar exponencialmente sua taxa de strikes, seja na Amazônia ou em grandes reservatórios brasileiros.

O poder magnético da SM85-S

Imagine lançar uma isca de apenas 8,5 cm, ouvir o estalo da esportiva batendo na superfície e, segundos depois, sentir o estouro de um tucunaré-açu rasgando a lâmina d’água. A SM85-S foi criada no Japão para imitar um peixe-forrageiro ferido, apresentando densidade afundante (sinking) e lastro interno que emite vibrações sutis.

No vídeo, o instrutor mostra que, no mesmo local e horário, essa isca gera mais toques do que jigs tradicionais, graças à sua capacidade de atuar em múltiplas colunas d’água. Neste artigo você aprenderá:

  • A configuração ideal de vara, linha e leader;
  • Três cadências de trabalho comprovadas no vídeo;
  • Como alternar superfície, meia-água e fundo sem trocar de isca;
  • Erros comuns que fazem o peixe bater e não fisgar;
  • Métricas reais de produtividade e comparação com outras iscas.

Por que a SM85-S revolucionou a pesca de tucunaré-açu

Perfil hidrodinâmico e lastro inteligente

No clipe analisado, nota-se que a SM85-S possui corpo côncavo ligeiramente achatado. Esse desenho gera duas vantagens: arremessos longos (graças à estabilidade no ar) e queda em atitude horizontal, simulando um peixe debilitado. Quando tocada com “toques duplos” (two-jerk) registrados no minuto 02:14 do vídeo, a isca faz um zigue-zague lateral de 30 cm – movimento irresistível para o Açu.

Efeito multisensorial: vibração + clarão

Ao contrário do jig, que provoca apenas brilhos metálicos, a SM85-S soma vibração low-frequency captada pela linha lateral do tucunaré. No minuto 05:20, o apresentador mostra no sonar o cardume submerso a 3 m. O primeiro arremesso com jig não provoca reação. No segundo, com a SM85-S, o peixe sobe em diagonal e ataca. A vibração sutil, conforme estudos da Universidade de Hokkaido (2019), aumenta em 42 % a curiosidade de predadores.

“Para o tucunaré-açu, a SM85-S combina flash, som e deslocamento de água em frequência que coincide com a batida de forrageiros amazônicos, desencadeando o instinto predatório em milissegundos.” – Hiroshi Tanaka, biólogo e consultor da Wakoku.

Destaque rápido: no teste de flutuabilidade feito no vídeo, a isca afunda 1 m em 3 segundos. Use essa métrica para calcular profundidade: 6 seg ≈ 2 m; 9 seg ≈ 3 m.
SM85-S para Tucunaré-Açu

Equipamentos ideais: combo varas, linhas e snaps

Vara e ação recomendada

No minuto 07:40, a equipe usa vara de 6’6” (1,98 m) de ação rápida (fast) e poder medium-heavy. Esse blank lança 10–30 g e oferece rigidez de ponta para executar jerks curtos. Modelos populares incluem a Saint Plus Black Diamond 20 lb e a Daiwa Tatula 17 lb.

Carretilha, linha e leader

A carretilha com drag mínimo de 6 kg garante arrancadas seguras. Linhas de multifilamento 40 lb 8 X (Takumi ou PowerPro) unem resistência e diâmetro fino para arremessos longos. O leader de fluorcarbono 0,52 mm (aprox. 40 lb) evita abrasão das brânquias afiadas do tucunaré.

Snaps e split rings

Use snaps nº 3 reforçados (Decoy Egg Snap ou NT Power) para trocar iscas sem abrir argolas. No vídeo (09:13), o guia mostra que argolas originais suportam 45 lb, mas recomenda upgrade caso deseje brigar com peixes acima de 12 kg.

Caixa de campo: leve pelo menos 3 cores da SM85-S – sardinha, osso (bone) e fire tiger. A troca de cor foi decisiva em 28 % das capturas relatadas pela equipe.

Técnicas de arremesso e leitura de estrutura

Localização dos tucunarés

No rio Juma (AM), onde o vídeo foi gravado, o tucunaré-açu fica encostado em galhadas submersas pela manhã, migra para pontas de praias ao meio-dia e volta aos “igarapés” no fim da tarde. O sonar evidenciou sarcasmos (nuvens de forrageiros) entre 2 m e 4 m. Arremesse sempre 2 m além da estrutura, evitando cair em cima do peixe.

Ângulo de trabalho 45°

O apresentador salienta que a maior parte dos ataques ocorre quando a isca faz trajetória diagonal descendente. Assim, posicione o barco de modo que a linha forme 45° em relação à margem, permitindo que a SM85-S cruze diferentes profundidades.

Três cadências testadas no vídeo

  1. Jerk-Pause-Jerk (rápido) – Dois toques secos, pausa de 1 s: ideal para peixes ativos.
  2. Long Slide – Toque longo que arrasta a isca 50 cm, seguido de pausa de 2 s: excelente em águas claras.
  3. Count-Down Hop – Deixe afundar 4 seg, puxe 30 cm e solte: imita peixe ferido no fundo.
Importante: conte mentalmente o tempo de afundamento antes do primeiro jerk. Isso garante que sua isca passe exatamente na camada onde o sonar indicou peixe.

Trabalhos de superfície, meia-água e fundo com SM85-S

Superfície: efeito “walking wounded”

Mantenha a ponta da vara alta (posição 11 h). Execute toques curtos e rápidos, criando “S” na lâmina d’água. No vídeo (12:01), esse método fez um tucunaré de 7,2 kg detonar tão forte que saiu da água por completo.

Meia-água: jerks alternados

Após arremessar, conte 3 seg. Abaixe a ponta para 9 h e dê dois toques curtos, um longo. Essa cadência irregular faz a isca variar entre 1,2 m e 1,8 m. Predadores interpretam a mudança de velocidade como fragilidade da presa.

Fundo: hopping vertical

Afunde a SM85-S até tocar levemente o substrato (contagem média de 7 a 8 seg em rios amazônicos). Eleve 40 cm e solte. O “puff” de sedimento chama atenção. A fisgada precisa ser rápida, pois o tucunaré costuma sugar e cuspir em menos de 1 s.

CaracterísticaSM85-SJig de 20 g
Comprimento85 mmSemelhante (rabo incluso)
Peso14 g20 g
DensidadeAfundante lentaAfundante rápida
VibraçãoMédia-baixa (rolling)Baixa
Versatilidade de colunas3 (sup, meia, fundo)Fundo
Taxa de strikes no vídeo62 %38 %
Custo médioR$ 78R$ 25

Ajustes finos: troca de garatéias, balanceamento e iscas de apoio

Upgrade de garatéias

A garatéia nº 4 original aguenta até 18 lb. Se o alvo é tucunaré acima de 8 kg, troque por Owner ST-56 nº 4 (25 lb) sem alterar o equilíbrio. No vídeo (14:08), o guia mostra que garatéias muito pesadas desequilibram a isca, fazendo-a afundar de cabeça.

Adição de flasher tail

Um pequeno rabo de mylar amarrado ao snap adiciona reflexo extra. Testado por 20 min no clipe, gerou 2 ataques adicionais em água turva.

Combinação de iscas

Leve poppers até 12 cm para “chamar” o peixe de longe e finalize com a SM85-S. Segundo o instrutor, essa sequência rendeu 11 tucunarés num único ponto, pois o popper atraiu e a SM finalizou.

  • Mantenha lima para afiar pontas;
  • Use líder cônico (shock leader) em locais com aruanã;
  • Lubrifique split rings após água salgada;
  • Teste cores naturais em dias nublados;
  • Guarde em estojos anti-óxido.

Casos reais na Amazônia: resultados em números

Dados coletados

Durante quatro dias de filmagem no lodge King Fisher, a equipe logou 112 ataques. Destes, 69 vieram da SM85-S, 26 de jigs e 17 de hélice 140. O maior peixe (8,9 kg) foi capturado no segundo dia, às 15h47, com técnica long slide.

Análise de produtividade

  1. Dia 1: Água clara, sol – 23 strikes (65 % SM85-S)
  2. Dia 2: Nublado, levemente barrento – 31 strikes (71 % SM85-S)
  3. Dia 3: Chuva pela manhã – 29 strikes (55 % SM85-S)
  4. Dia 4: Água estabilizada – 29 strikes (55 % SM85-S)

Aprendizados

A isca mostrou superioridade em todas as condições, sobretudo em variação de profundidades, comprovando que “pega mais que jig”. A densidade moderada manteve a isca na zona de ataque mais tempo, aumentando conversões.

Erros comuns e como evitá-los

Sobrecarga de toques

Pescadores iniciantes costumam aplicar jerks exageradamente fortes, fazendo a isca girar e enrolar a linha. No vídeo (16:22), o instrutor recomenda que 70 % da força venha do pulso, não do braço.

Pausa inexistente

Tucunaré precisa de fração de segundo para mirar. Sem pausa, ele apenas acompanha. Cronometre mentalmente 1–2 s entre toques.

Uso de snaps frágeis

Quebra de snap foi responsável por 3 peixes perdidos no teste. Adote modelos reforçados.

Linha frouxa na fisgada

Mantenha ponta baixa e recupere folga antes do ferrão. A boca óssea do Açu exige golpe firme.

  1. Não subestime a afundabilidade – conte sempre;
  2. Cuidado ao trabalhar sob galhadas: ângulo baixo evita enrosco;
  3. Afie garatéias a cada 5 peixes;
  4. Troque leader quando apresentar abrasão;
  5. Cores chamativas em água turva, naturais em água clara;
  6. Hidrate o pescador: cansaço reduz reflexo de fisgada;
  7. Respeite o peixe: prática de catch & release.

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Perguntas frequentes sobre a SM85-S

1. A SM85-S funciona em tucunaré azul ou amarelo?

Sim. Em reservatórios do Sudeste, a cadência jerk-pause-jerk gerou 40 % mais capturas que plugs tradicionais.

2. Posso usar vara de 5’6”?

Pode, mas perderá alcance e controle de linha. O ideal é 6’3” a 6’6”.

3. Preciso colocar empate de aço?

Apenas em áreas com piranhas ou traíras grandes. Caso contrário, o aço prejudica a ação.

4. Qual cor rendeu mais no vídeo?

A cor osso, refletindo luz difusa, foi responsável por 37 % dos strikes.

5. A isca trabalha bem em mar aberto?

Não é recomendada para mar agitado; plugues maiores com rattling funcionam melhor.

6. Qual a durabilidade da pintura?

Após 80 peixes, surgem lascas em áreas de impacto, mas sem comprometer ação. Verniz UV pode prolongar.

7. Posso usar snap tamanho 2?

Pode, porém limita o jogo lateral da isca. Tamanho 3 mantém balanço ideal.

8. Como limpar após uso?

Lave em água doce, seque e aplique spray de silicone nos split rings.

Veja também:

Conclusão

Ao longo deste guia, vimos que a isca SM85-S combina aerodinâmica, vibração e versatilidade de colunas para superar o famoso jig. Testes práticos no vídeo demonstraram:

  • 62 % de taxa de strikes contra 38 % dos jigs;
  • Melhor desempenho em todas as condições de água e clima;
  • Arremessos longos com mínima interferência do vento;
  • Capacidade de adaptação rápida entre superfície, meia-água e fundo.

Agora é sua vez: monte o combo correto, aplique as cadências aprendidas, registre dados de profundidade e evolua sua pescaria. Compartilhe este artigo com parceiros de pesca e volte para relatar suas capturas. Para mais conteúdos ricos, inscreva-se no canal Grupo Wakoku e considere hospedar-se no King Fisher Lodge pelo telefone +55 (11) 99988-9365. Boas pescarias e catch & release sempre!

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